Querem Me Jogar
(Galf | Jhomp | Dark | Diego 157)

[Refrão]
Sei que eles querem me jogar
Cheio de ódio na maldade eu percebi
Sei que eles querem me jogar
Mas o meu bonde tá fechado até o fim (2X)

[Gancho]
Não vão conseguir, eles não vão conseguir
Não vão conseguir, eles não vã conseguir, não!

[Verso I: Galf]
Quero dinheiro sim
Viver em paz com a família
Infelizmente tem Judas na ceia
Alimentando o rei na barriga
Caminha tô pronto briga
Minha seita não tem covardia
Vadia conspira meu corre
Não aguenta um round na pista
Antes de você chegar Já tava no processo
Anjos e demônios castelando o inferno
Versos rastejam na mente
Manipulando a minha passagem
A cura pro mundo sombrio
Não tá no visor do seu tablet
Sinto a verdade nos olhos
Estampada na cara do Dark
Litros de sangue no Zap
Chat e fofoca faz parte
O dedo digita nervoso
Tenso os falsos sentiram a lápide
Jesus, Maomé, Alá
Não salvará sua falha cê sabe
Venha de Excalibur, cu
As peça já tá destravada
O golpe, um estrondo, uma bala
Um corpo na encruzilhada
Feitiço de uma escrita neurótica
Um mago destruindo átomos
O fraco se vende por hits
Meu ritmo é fazer clássicos

[Verso II: Jhomp]

Se vão me jogar ou não, eis a questão
Cocota mosca, ladrão, visão. Bóia não!
Fundão, cenário, barcos atrasa lado
Aponta o pico encubado, liga no rádio
Fica ligado né, tio. Fazer o quê?
Eu vi desde pequeno programado pra morrer
O tempo é rei eu sei, inevitável não passar
Matar pra não morrer ou morrer pra não matar?
Vai pensando aí e me responde logo truta
Criado em puteiro jamais vou me passar pra puta
Confiança é pra poucos louco só na maldade
Oitão no bolso puxa o cachorro e dá um time
Antes que os cana passe, dá três e arrasta o corpo
Pra dentro do mato lá nós arranca o pescoço
Dá mais cinco no coco, arranca a bola do olho
Crueldade, maldade, enraizada até o osso
Levantar bandeira parceiro é dar a cara a tapa
Pinota a primeira, a segunda, terceira não passa
Banalizou a porra aqui ninguém aceita lástima
A morte dos manos que se foram aqui na Baixa
Anti-PM não treme revolta não falta
Com os fulano que por nada mata
Quem saca a quebrada
Massaranbruxa não se passa
A porra pegou e pega desde o tempo de Cobaia
Galf era Batata, Derick nem sonhava chegar nessa terra
Onde a pilantragem abraça e mata
No gueto os cara passa de carapuça e farda
Temporada de caça
Quem mata mais ganha medalha
Na falta de quem defendeu a favela
Dadinho, Bené e o bonde no front que não ramela
Sei que eles querem me pegar cheio de ódio
Eu não mosco.

[Verso III: Dark]

Bola uma flecha abre um pérgola
Abre a mente pras metáforas
Pra transformar essa real áspera e lágrimas
Em pérola, calma lá, jão. Pera lá, mão.
Que eu vou assinar depois de ler a cláusula
Mas antes eu vou me embriagar
Pra não me enclausurar em minhas lástimas
Criada por essa guerra
Pois o melhor pitbull não é o que late mais
Mas assim como tu quero os quilate a mais
Pai faz do meu passado um cais
Livra de Judas e Barrabás
Que beija pela frente e trai por trás
Tão nos marginalizando
E profissionalizando os manos em marginalidade
Na terra onde o mal é naturalidade
E o soteropolitano vai se habituando
A lei da criminalidade
Na criminalidade quem faz o mal errado é preso em grades
Por algum motivo transferido a outra cidade
Enquanto isso onde habito a comunidade
Refém do medo preso em suas grades
Um preso a vicío outro a sua própria maldade
Uns preso impressionado por necessidade
E os político cínico segue omisso
Presos a sua vaidade
Um preso ao abismo como crocodilagem
Círculo de fogo, maldito ciclo vicioso
Cinco foram tocar foco no pico
Mas só voltaram os quatro que subiram na maldade
A madrugada e suas pilantragem
Cocaína e amigo de passagem
Ao assistir isso muitos perdem a credibilidade
No potencial dos laços da amizade
Perderei minha vida eu sei, não vejo bicho
Ao nascer carimbei minha passagem
Rap é compromisso não é viagem
Quem tá de fuxico na porra, tá de viadagem
Boiou ficou esquisito noiz te joga da laje
Cê só verá maldade em meus olhos
Se me olhar com maldade
Conheço a maldade
Venha na maldade
Nunca mais fiz maldade.

[Verso IV: Diego 157]

E eu que jurei nunca mais
Perder meu tempo com gente que é sem valor
Que é só caô, foi só um alô
Me envolvi e escrevi o que vivi, sem amor
Tramaram meu fim, sim
Jogaram os meus contra mim e no fim
Eles voltaram com o rabo entre as pernas
Ouvindo balela, são tudo comédia e eu cresci
Sem pena de alma pequena
Que envenena quem te rodeia
Que coisa feia, arma contra irmão
É sem perdão aqui e na cadeia
De graça me odeia e joga areia
Quem não conhece é quem compra
Fingem ser quem não são
Eu sei quem cês são
E ser quem cês são é maldição, é sombra
E esses puêta? Tudo puêta com rima primária
Não saca que respeito é conceito
E que conserva a arcada dentária
Lembrei da hiena hilária
Espalhando pra rapa que eu a comia
Não fia!
Minhas gatas são selecionadas
Buceta rodada eu deixo pra rapa
Que não faz a minha
Sem entrelinha, duas conversas ou leva e trás
Traz os leva e traz
Que tamo atrás
Pra jogar pra trás, traz!
Ninguém entendeu meu lado ateu
anti-fariseu que ora
Por isso que cês não tão perto
Cês são dejeto e tão fora.

[Refrão]
Sei que eles querem me jogar
Cheio de ódio na maldade eu percebi
Sei que eles querem me jogar
Mas o meu bonde tá fechado até o fim (2X)

[Gancho]
Não vão conseguir, eles não vão conseguir
Não vão conseguir, eles não vã conseguir, não!